domingo, 2 de maio de 2010

VIVER...mata!

Mwani


uma viúva que é uma outra morta
não viver é o que mais cansa
cada um já escolheu seu cemitério pessoal
todos os dias um bocadinho mais da tumular pose.


não há lugar nenhum nesta andança
num modo diverso de chorar, enraiveço
anel do futuro em dedo apertado
espreita uma gangrena.


minha cura, sete dias vividos ao lado do curso do rio
Noite e Dia
vagueava pelas palavras, vagabundo alfabético me tornei.


Pergunto-me: quantas balas haverão no mundo?